Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
20 de Abril de 2024
    Adicione tópicos

    Profissionais do sexo discutem direitos e deveres em seminário

    há 13 anos

    Segundo dados da Rede Brasileira de Profissionais do Sexo, São Luís tem 1.602 garotas de programa, além de homens e travestis que desempenham a profissão. Os riscos do trabalho desses profissionais, bem como seus direitos e deveres, foram discutidos no IV Seminário Estadual e Municipal de Políticas Públicas para Profissionais do Sexo Masculino e Feminino, realizado na sexta-feira (20), em São Luís.

    A profissão é regulamentada pelo Código Brasileiro de Ocupações (CBO) que não faz distinções quanto ao gênero ou sexualidade do prestador do serviço. Segundo o código, os profissionais do sexo são aqueles que buscam programas sexuais; atendem e acompanham clientes; participam em ações educativas no campo da sexualidade. As atividades devem ser exercidas seguindo normas e procedimentos que minimizam a vulnerabilidade da profissão.

    O CBO descreve as condições gerais de exercício da profissão. O texto regulamentador informa que estes profissionais trabalham por conta própria, em locais diversos e horários irregulares e que no exercício de algumas das atividades podem estar expostos a dificuldades e a discriminação social, havendo ainda riscos de contágios por doenças sexualmente transmissíveis (DST), e maus-tratos, violência de rua e morte.

    De acordo com Ana Lorena Moniz Costa, defensora pública titular do Núcleo de Defesa da Mulher e População LGBT, criado em março deste ano, não é papel do Estado coibir o livre exercício da profissão desde que respeitados os pré-requisitos legais. "A legislação frisa que o acesso à profissão é restrito aos maiores de 18 anos e proibida se o profissional for menor ou vítima de exploração por parte de terceiros, logo, cabe ao estado fiscalizar e promover a inclusão dessas pessoas em suas políticas públicas", afirmou.

    Legislação - Além desses esclarecimentos quanto ao que prevê a legislação brasileira para a profissão, o seminário tratou da prevenção de DSTs entre a classe. "Estamos discutindo desde a garantia dos direitos e deveres desse grupo, até estratégias de prevenção das DSTs", disse Maria de Jesus Costa, presidente da Associação das Profissionais do Sexo do Maranhão, entidade membro da Rede Brasileira dos Profissionais do Sexo.

    Babalu Rosa, presidente do Grupo Solidário Lilás, entidade de defesa dos direitos da população LGBT, informou que há pelo menos 60 travestis entre os profissionais do sexo na capital. "Um dos principais ganhos dos seminários foi a integração entre os três grupos que desempenham a atividade: mulheres, homens e travestis. Estamos todos os dias nas ruas orientando, promovemos palestras e mesmo o Lilás representando os LGBTs não deixamos de atender os outros grupos e vice-versa", informou.

    Fonte: Jornal O Estado do Maranhão

    • Publicações1761
    • Seguidores17
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações148
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/profissionais-do-sexo-discutem-direitos-e-deveres-em-seminario/100431789

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)